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O amor, o sofrimentos e a perseverança dos Apóstolos.

O AMOR, O SOFRIMENTO E A PERSEVERANÇA DOS APÓSTOLOS

Talvez até houvesse outros homens que desejassem esse ministério (apostolado), mas quem seria capaz de suportar o que eles suportaram? Eles foram colocados, nada mais nada menos, do que no alicerce mais inferior da igreja. Foram eles que sustentaram todo o peso, toda a pressão vinda do mundo espiritual e, principalmente, a contradição dos pecadores.
Houve ocasiões em que o Senhor pregou para milhares de pessoas, mas, para ser um apóstolo, era necessário muito mais do que isso, não bastava ouvir como a multidão ouvia.
Primeiramente, importava amá-Lo mais do que qualquer outro ou outra coisa. Só neste critério muitos candidatos foram e continuam sendo reprovados. Paulo dizia que eles – os apóstolos – eram loucos por amor de Cristo. Afirma ainda que eles foram colocados como escória do mundo. Sabe o que é escória? É a parte mais desprezível, o resto, o farelo, a migalha. Quanto mais alto o ministério almejado, mais humildade se exige. O Reino de Deus é o único lugar em que o maior serve o menor, em que o grande se faz pequeno. Ser base, ser fundamento, não é para qualquer um, não!
“Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, tanto a anjos como a homens.
Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós desprezíveis.
Até a presente hora padecemos fome, e sede; estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa,
e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e o suportamos;
somos difamados, e exortamos; até o presente somos considerados como o refugo do mundo, e como a escória de tudo”.(1 Co 4:9-13)
Será que podemos dizer que somos loucos pelo amor Dele, de consciência limpa? Afirmar que o Senhor está acima de qualquer coisa nas nossas vidas? Pois é, os apóstolos podiam e tiveram a oportunidade de provar que não foi da boca para fora que disseram isso.
O Senhor perguntou por três vezes seguidas a Pedro se ele O amava. Qual foi a reação dele? De tristeza, é claro! Ele devia estar se perguntando o porquê de tanta insistência na mesma pergunta, mas certamente depois foi capaz de compreender o motivo.
“Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos.
Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas.
Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queres.
Ora, isto ele disse, significando com que morte havia Pedro de glorificar a Deus. E, havendo dito isto, ordenou-lhe: Segue-me”. (Jo 21:15-19)
Eu estou certo de que Pedro O amava, desde o início. A vida dele, o seu procedimento, os seus atos provaram isso. Olhem aí: atos, atitudes que o apóstolo tomou. A primeira delas ocorreu logo no primeiro encontro entre os dois. Foi amor à primeira vista.
Pedro encontrava-se lançando a rede ao mar, pescando juntamente com seu irmão. Foram interrompidos pela proposta, de em vez de pescadores comuns, tornarem-se pescadores de almas. As Escrituras testificam que ele, bem como os outros, deixando imediatamente a rede, O seguiram.
“E Jesus, andando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, os quais lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores.
Disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
Eles, pois, deixando imediatamente as redes, o seguiram.
E, passando mais adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e os chamou.
Estes, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no”. (Mt 4:18-22)
Quantas coisas ainda não fomos capazes de abandonar, mesmo depois de tanto tempo ouvindo! Realmente, eles amaram o Senhor mais do que nós. Como seria bom se O amássemos com a mesma intensidade! Mais tarde, diante das dificuldades, Pedro deve ter se lembrado dessas perguntas e chorado sozinho. O Senhor, apenas o Senhor o assistia e, certamente, o confortava…
A verdade é que, para ser apóstolo, necessário se faz ser chamado com essa finalidade. Foi exatamente o que aconteceu com aqueles homens. Durante três anos, aproximadamente, em que Jesus, publicamente, falou de Sua doutrina, esses homens estiveram com Ele. Ouviram-No e presenciaram todos os acontecimentos que marcaram o período mais importante do ministério de Jesus Cristo, desde o batismo de João, até a Sua morte e ressurreição.
Muitos sinais e curas certamente foram realizados em suas presenças: a transfiguração, a ressurreição de Lázaro, a multiplicação dos pães e dos peixes, a transformação da água em vinho, além de muitos outros sinais e maravilhas tiveram a oportunidade de ver. Tudo isso, é claro, fortalecia-lhes a fé.
Tinha que ser assim, porque o trabalho que iriam desenvolver era o mais difícil de todos: lançar o fundamento da igreja, ou seja, apresentar Cristo ao mundo. Só alguém que O conhecesse tão bem poderia Dele falar com tanta autoridade. Mesmo nos dias de hoje, portanto, não se pode fugir dessa realidade, quando se pensa em edificar uma igreja, por mais simples e humilde que ela seja.
Nem todos esses fatos impediram que o diabo se fizesse presente. Dentre os doze escolhidos, Satanás achou um que o acolheu. O adversário de Deus bem que pelejou no sentido de causar mais baixas, principalmente entre os apóstolos. Isto aconteceu para que ninguém subestimasse a sua força.
“Respondeu-lhes Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? Contudo um de vós é o diabo.
Referia-se a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era ele o que o havia de entregar, sendo um dos doze”. (Jo 6:70-71)
Vejam que Satanás não derrubou qualquer pessoa! Foi um chamado e escolhido para ser apóstolo, como os outros. O mesmo tratamento que os demais receberam, foi também dado a Judas. Vocês agora estão entendendo o porquê de se exigir tanto deste fundamento? Tentações, humilhações, perseguições, prisões, açoites, era o que esperava por eles.
Basta ler as Escrituras e observar a maneira como eles viveram: a dedicação, o amor, o procedimento, a doutrina, o modo de viver… Ninguém pode arrogar para si um ministério desse, se auto-intitulando apóstolo, sobretudo sem cruz.
“Tu, porém, tens observado a minha doutrina, procedimento, intenção, fé, longanimidade, amor, perseverança,
as minhas perseguições e aflições, quais as que sofri em Antioquia, em Icônio, em Listra; quantas perseguições suportei! e de todas o Senhor me livrou”. (2 Tm 3:10:11)
Talvez seja o motivo de não existir, entre nós, pessoas que tenham sido assim intituladas. Embora reconhecendo o lugar onde se deve colocar o apóstolo, profeta, mestre, pastor, evangelista, etc, não ousamos intitular ninguém para essas funções.
O Senhor, que conhece até mesmo a intenção do nosso coração, é quem pode dar testemunho de nós e dizer qual a atividade que desempenhamos no Reino de Deus.
Como você acha que Jesus alcançou a condição de Senhor, o maior de todos os ministérios no Reino dos Céus? Era o que Lhe estava proposto. As Escrituras afirmam que Ele foi feito Senhor e Cristo. Não diz que Ele já tenha nascido nesta condição, mas tornou-se, pela fé, Senhor e Cristo.
“Saiba, pois com certeza toda a casa de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.”(At 2:36)
Não é nada diferente da nossa situação. Como você acha que Paulo se tornou apóstolo? Da mesma forma! Ele não teve a preocupação de consultar nem carne, nem sangue, alguém que o reconhecesse como tal. O Senhor, depois, é quem confirmou com sinais, autoridade, conhecimento e revelações a sua condição de ministro da Palavra de Deus.
“Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens;
porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado; mas o recebi por revelação de Jesus Cristo.
Pois já ouvistes qual foi outrora o meu procedimento no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava,
e na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.
Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça,
revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não consultei carne e sangue,
nem subi a Jerusalém para estar com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco.
Depois, passados três anos, subi a Jerusalém para visitar a Cefas, e demorei com ele quinze dias.
Mas não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor.
Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto.
Depois fui para as regiões da Síria e da Cilícia.
Não era conhecido de vista das igrejas de Cristo na Judéia;
mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que outrora nos perseguia agora prega a fé que antes procurava destruir;
e glorificavam a Deus a respeito de mim”.
Ficamos maravilhados com essas Palavras. Dá vontade de chorar. Só Deus e o próprio apóstolo para saberem o quanto esse homem sofreu, por causa da igreja. Mas vejam o que aconteceu ao final: os outros, em sinal de reconhecimento do seu apostolado, glorificaram a Deus a respeito dele. Não tem como esconder uma cidade edificada sobre o monte, nem se acende uma luz para não colocá-la num lugar de destaque.
Se você ficar aguardando o reconhecimento que o intitule alguma coisa, lhe ofereça um cargo ou lhe pague salário, você escolheu o lugar errado para se reunir. No Reino de Deus isso nunca vai acontecer. Não perca mais o seu tempo!
No Reino do mundo, os maiores são os que dominam, os que exercem autoridade, mas, no Reino de Deus, não é assim. Quem aqui está disposto a servir e ser o menor? Vamos aprender com Jesus Cristo que, antes de ser Senhor de tudo, foi servo.
“Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus,
o qual, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus,
mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens;
e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.
Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome;
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”.(Fp 2:5-11)
Ninguém, nem na terra, nem no céu, foi achado digno de assentar-se no lugar onde Jesus foi colocado. O próprio diabo ficou surpreso com a ousadia do Filho de Deus, adentrando no território inimigo, sozinho, para nos resgatar. Por essa, Satanás não esperava! A começar pelo nascimento, pelo lar, pelo berço que O acolheu, tão simples, tão humilde…
Parece inacreditável, mas é assim que vencemos, essas são as nossas armas espirituais, poderosas na luta contra os principados e potestades. É assim que se faz oposição ao reino das trevas. Hoje, quem nos atormenta são os demônios, mas, naquele tempo, era o contrário, os demônios é que eram atormentados por Jesus Cristo e seus apóstolos.
“Tendo ele chegado ao outro lado, à terra dos gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho.
E eis que gritaram, dizendo: Que temos nós contigo, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
Ora, a alguma distância deles, andava pastando uma grande manada de porcos.
E os demônios rogavam-lhe, dizendo: Se nos expulsas, manda-nos entrar naquela manada de porcos.
Disse-lhes Jesus: Ide. Então saíram, e entraram nos porcos; e eis que toda a manada se precipitou pelo despenhadeiro no mar, perecendo nas águas”. (Mt 8:28-32)
Paulo, que procurou imitá-Lo em tudo, também alcançou uma autoridade semelhante:
“E Deus pelas mãos de Paulo fazia milagres extraordinários,
de sorte que lenços e aventais eram levados do seu corpo aos enfermos, e as doenças os deixavam e saíam deles os espíritos malignos.
Ora, também alguns dos exorcistas judeus, ambulantes, tentavam invocar o nome de Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega.
E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, um dos principais sacerdotes.
Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: A Jesus conheço, e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?
Então o homem, no qual estava o espírito maligno, saltando sobre eles, apoderou-se de dois e prevaleceu contra eles, de modo que, nus e feridos, fugiram daquela casa.
E isto tornou-se conhecido de todos os que moravam em Éfeso, tanto judeus como gregos; e veio temor sobre todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido”.(At 19:11-17)

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